Já não é segredo para ninguém como o marketing é importante para que uma empresa possa crescer e para que sua marca consiga se posicionar no mercado. O que talvez nem todo mundo saiba é como o marketing viral pode ajudar nisso.
De fato, o universo do marketing digital é tão amplo que às vezes dá impressão de que diariamente aparecem novidades, sendo impossível acompanhar todas elas. Mas se tem algo que não é apenas “mais uma” tática é a estratégia de viralização.
Por exemplo, se uma empresa vai tratar sobre seu carro-chefe, algo como mochila sustentável, ela pode simplesmente falar da função da mochila, que é o produto principal, ou então pegar um fator secundária promissor, como a sustentabilidade.
No caso, a empresa não é especialista em ecologia ou engenharia ambiental, mas ela está revestindo o seu produto e sua marca de uma autoridade que hoje representa um gatilho mental muito valioso, que é o de ser amigo do meio ambiente.
Ao fazer isso, abre-se o horizonte da viralização digital, que nada mais é do que criar um “vírus do bem”, por assim dizer. Neste caso, sua propaganda ou seu conteúdo vão atingir muito mais pessoas, e vão ser compartilhados de maneira frenética.
A internet é tão dinâmica que podemos dizer que cada época, cada mês ou mesmo todo dia surgem seus conteúdos virais, sendo que alguns deles se tornam tão marcantes que mesmo depois de muito tempo ainda são lembrados e compartilhados.
Outro dado fundamental é que o marketing viral não é algo tão novo assim, embora hoje o compartilhamento se dê pela internet. Facilmente, uma empresa de segurança eletrônica poderia criar um comercial de televisão e atingir os mesmos efeitos.
Inclusive, algumas das propagandas mais célebres de todos os tempos são, justamente, comerciais de televisão, alguns dos quais nos lembramos ainda hoje. Pois saiba que aqueles jingles e slogans inesquecíveis já eram a essência do marketing viral.
Com a disseminação da internet a coisa simplesmente se democratizou. Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo aqui alguns conceitos básicos para dominar o assunto, além de dicas práticas sobre como aplicar o marketing viral de verdade.
O mais bacana é que esse método evoluiu tanto que realmente qualquer segmento ou nicho de mercado pode ter uma boa ideia nessa área e criar algo revolucionário, seja uma montadora de veículos ou uma fábrica de sinalização de segurança.
Agora, se você quer entender como exatamente isso é possível e já ir se preparando para criar um tipo de marketing que pode mudar a história da sua empresa, basta seguir adiante.
O que é essa tal de “viralização”?
Do que dissemos acima já ficou claro que o marketing viral nada mais é do que criar peças ou campanhas publicitárias que tenham um alto poder de compartilhamento, fazendo com que a marca se torne o “assunto mais falado”.
Outro termo técnico muito comum para isso é o de buzz marketing, que também tem o intuito de criar um burburinho que faça com que as pessoas compartilhem o conteúdo criado por aquela marca, seja um comercial de televisão ou um post de rede social.
Naturalmente, essas estratégias que já existiam antigamente só atingem o máximo do termo viralização graças à internet, que é onde os conteúdos circulam de modo muito mais dinâmico e rápido do que um simples “boca a boca”.
Além de que na televisão dificilmente uma empresa nichada conseguiria espaço, ao passo que nas grandes mídias digitais ou nos motores de busca é possível encontrar de tudo, desde roupas e joias populares até etiqueta para automação comercial.
Sendo assim, hoje os conteúdos podem ser criados nos seguintes formatos mais disseminados:
- Vídeos ou clipes;
- Posts de blog;
- Posts de mídia social;
- Games e afins;
- Podcasts ou áudios;
- Quizzes e testes.
Também não é difícil perceber que um elemento da maioria desses formatos digitais inclui a interatividade, que é uma das colunas principais de qualquer conteúdo moderno. Hoje o que as novas gerações buscam são maneiras de se tornarem parte de algo grandioso.
Portanto, se a marca conseguir fazer com que o público participe do conteúdo criado, como no caso de um quizz, de um game ou mesmo de um post (que o público pode comentar e curtir, além de apenas compartilhar), será muito melhor e mais eficiente.
Outro ponto bacana é a existência do marketing viral de nicho, que consegue um alcance grande apenas entre determinado setor. Neste caso os formatos possíveis se tornam ainda maiores, como um checklist, que é um passo a passo que ajuda as pessoas.
Então, o conteúdo pode ser criado por um influencer digital que conseguiu solucionar uma dor muito específica, ensinando os demais a fazerem aquilo, de modo que os interessados logo vão ficar sabendo disso, mesmo que seja um grupo restrito.
Alguns elementos são indispensáveis
Depois de decidir qual vai ser o formato do seu conteúdo viral, conforme explicado acima, é preciso considerar que alguns elementos são absolutamente indispensáveis.
Por exemplo, o fato de que o conteúdo precisará ser de acesso gratuito, pois dificilmente as pessoas vão compartilhar algo que precisa ser pago para ser desfrutado.
Se um escritório de marketing quer fazer algo viralizar, mesmo que no fim de tudo o foco seja aumentar as vendas e os lucros da empresa, lembre-se que campanhas assim sempre existiram, como um banner promocional.
Ao fazer uma promoção a marca simplesmente abaixou o valor, comprometendo a rentabilidade e a lucratividade que esperava, apenas porque isso vai trazer mais gente.
No caso da viralização, o interessante é que isso faz lembrar demais o próprio marketing de conteúdo, que é a essência do inbound marketing e, portanto, de uma das táticas mais disseminadas no mundo todo.
Tal como o marketing de conteúdo, a peça ou campanha viral precisa ser gratuita, original (portanto nada de apenas copiar algo de outra marca ou portal da internet) e relevante para as pessoas, levando uma verdade que não se limite a apenas rir.
Emoção, ética ou racionalidade?
Existe uma teoria grega do filósofo Aristóteles que é utilizada até hoje nos escritórios de marketing, que é sobre pathos, ethos e logos.
O que ela nos diz é que um conteúdo qualquer pode ter um apelo emocional, ético ou então lógico. De fato, o conteúdo viral pode ser compartilhado por qualquer uma dessas razões, sendo a mais forte delas, no entanto, a da emoção.
Como vimos lá em cima, uma fábrica de rótulos adesivos pode investir em algo como a narrativa ecológica e sustentável, o que tocaria no elemento ético. E isso poderia gerar facilmente um alto nível de compartilhamento entre pessoas desse nicho.
Já a questão lógica tem a ver com um conteúdo justificável, ou seja, que tem sua razão de ser e que precisa ser compartilhado por uma questão racional.
Porém a questão emocional é a mais interessante, sendo que geralmente é ativada pelo elemento cômico, que faz as pessoas rirem e quererem dividir aquilo com os outros.
CTA: tenha estratégia e método
Sigla para Call to Action (Chamado para Ação), o CTA nos faz lembrar que o marketing viral não precisa e nem pode ser totalmente “despretensioso”.
Ou seja, você precisa ter um método desde o início, ou então todo o esforço e toda criatividade será perdida no fim, sem trazer vantagens à sua marca.
Afinal, não é do simples compartilhamento que virá o seu retorno, concorda? Então, primeiro defina o que você quer, por exemplo:
- Captar leads novos;
- Despertar leads antigos;
- Gerar vendas diretamente;
- Fortalecer a marca;
- Monetizar um conteúdo.
Ou ainda, se a empresa lida com cenografia para eventos, talvez ela queira divulgar um evento que vai acontecer nos próximos meses, então é preciso saber fazer essa informação caminhar lado a lado com o conteúdo viral.
Para isso, o CTA precisa ser um botão que leve a audiência para uma página de formulário, um post mais detalhado ou uma landing page, onde você explica melhor sua proposta.
Esse conteúdo pode começar, literalmente, com um gatilho do tipo “Agora que você já riu bastante, vamos falar sério…?”.
Bônus: o poder da comprovação
Por fim, se você quiser dar um salto de qualidade e atingir um patamar realmente de excelência em seu conteúdo de marketing viral, considere o respaldo dos dados que você está levando às pessoas, bem como lidar apenas com fontes confiáveis.
De fato, há muitos conteúdos virais na internet que acabam jogando contra a própria pessoa que os criou, pois quando alguém vai verificar aquela fonte, logo percebe que se trata das famosas “fake news”.
Como vimos lá em cima, é preciso ter um equilíbrio entre emoção, razão e justificação. Então, se uma empresa de etiquetas para produtos inventou um método incrível que não deixa marcas quando a etiqueta é descolada, isso precisa acontecer na prática.
Lembrando que às vezes não é preciso trazer uma comprovação prática ou mesmo científica, mas no mínimo um argumento racional que fortaleça o CTA que aquela pessoa terá que aderir.
Com isso chegamos ao fim, deixando claro que o marketing viral é muito mais do que criar vídeos e memes engraçados, podendo se tornar uma tática revolucionária na história de qualquer marca que saiba colocá-lo em prática.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.